Flavia Crizanto

Os ALC´s (Agile Learning Centers) chegaram ao Brasil

Neste primeiro post, vou  contar um pouco sobre como foi a minha imersão na primeira formação no Brasil em Agile Learning Facilitators ou Facilitadores em Aprendizagem Ágil (ALF´s).  Foram sete dias intensos neste mês de fevereiro (02 a 08) no sítio Humanaterra, em São Lourenço da Serra,  interior de São Paulo.  

Uma experiência transformadora com essa turma aí de baixo promovida pelo ALC São Paulo, o primeiro centro de Agile Learning do Brasil (Agile Learning Center).

Primeira turma ALF (Agile Learning Facilitator) do Brasil.
Primeira turma ALF do Brasil.

Questões existenciais e questionamentos iniciais pré-imersão.

Para começar, imagine você doando sete dias inteiros da sua semana por uma formação paga. Ao final, você esperaria um certificado? Pense um pouco e continue comigo.

Além disso, ainda carrego comigo algumas decepções de cursos anteriores e investimentos que não atenderam às minhas expectativas. Sensação essa que se misturou com o momento em que estou vivendo de repensar novamente a minha profissão e dar voz a novas habilidades e paixões.

Para alguns pode parecer loucura e, antes de decidir fazer a inscrição, confesso que me peguei questionando todos esses pontos. Afinal, tempo e dinheiro são extremamente valorizados em nossa sociedade.

Encorajada por uma amiga muito querida, a Bianca Erthal, fomos!

Bianca Erthal
Eu e Bia no primeiro dia do ALF

Arrisquei. E, sim, vivi no ALF umas das experiências mais transformadoras e inovadoras da minha vida.

Por que achei Agile Learning inovador?

Eu fui atrás da inovação e encontrei muito mais. Cheguei pensando que seria uma enxurrada de maneiras se utilizar ferramentas ágeis. Saboreei um doce engano.

O Agile Learning é antes de mais nada centrado na pessoa, nas suas paixões, desejos e autodirecionamento. As ferramentas ágeis são apenas uma parte integrada ao processo.

Créditos da imagem: Alê Carrasco

De forma geral, inovar significa romper com algum padrão anterior. Acredito que o desapego às atuais formas de buscar conhecimento possa ser uma delas, o que inclui não criar uma expectativa de obter um certificado após um curso de formação.

Sim. Eu saí sem um documento para provar que fiz o ALF. Em compensação, aprendi que para obter conhecimento inovador precisamos estar abertos a novas maneiras de compartilhar, aprender e ensinar. E como já dizem aos teóricos, para isso precisamos acessar a inteligência coletiva.

Autodireção, responsabilidade e paixão

Percebi que o ensino e a aprendizagem ágil se destacam por valorizar pessoas e relações, sem deixar de atender a autenticidade e a individualidade de cada um. Apesar de valorizar o coletivo, promove um processo de educação autodirigida, com muita autorrespossibilidade e, como não podia deixar ser, com apoio de ferramentas ágeis, que dão suporte ao processo.

Desapegar-se também é inovar. Inovar também é confiar em um novo processo no qual muitos fazem parte cuidando e se responsabilizando por cada escolha e decisão.

Créditos da imagem: Alê Carrasco

É por isso que não preciso desse certificado. Tenho certeza que o maior valor está agora na rede e nas conexões que construí. A partir de agora sou uma ALF em treinamento e aperfeiçoamento.

Preparem-se, o ensino e a aprendizagem ágil vão revolucionar o Brasil, assim como já vem acontecendo nos Estados Unidos, Europa e América Latina.

Te convido também a conhecer o primeiro ALC (Agile  Learning Center) do Brasil. Está em São Paulo e é cuidado pelo Alex Bretas, Hugo Nóbrega e Juliana Machado.

Só posso dizer que vale à pena.

Nos próximos posts, falarei mais sobre a metodologia e aplicações que já estou fazendo em cursos e sala e aula.

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